Manoel de Barros: «Fazer o desprezível ser prezado é coisa que me apraz.»

Descobri aos 13 anos que o que me dava prazer nas 
       leituras não era a beleza das frases, mas a doença 
      delas. 
Comuniquei ao Padre Ezequiel, um meu Preceptor, 
        esse gosto esquisito. 
Eu pensava que fosse um sujeito escaleno. 
— Gostar de fazer defeitos na frase é muito 
     saudável, o Padre me disse. 
Ele fez um limpamento em meus receios. 
O Padre falou ainda: Manoel, isso não é doença, 
        pode muito que você carregue para o resto da 
        vida um certo gosto por nadas... 
E se riu. 
Você não é de bugre? — ele continuou. 
Que sim, eu respondi. 
Veja que bugre só pega por desvios, não anda em 
        estradas — 
Pois é nos desvios que encontra as melhores 
       surpresas e os ariticuns maduros. 
Há que apenas saber errar bem o seu idioma. 
Esse Padre Ezequiel foi o meu primeiro professor de 
       agramática.

Morreu hoje, aos 97 anos, o poeta mato-grossense Manoel de Barros. http://t.co/pXgzDP8Bkf pic.twitter.com/4OgsxyT8ZW

— TV Cultura (@tvcultura) 13 novembro 2014

Manoel de Barros, o poeta das miudezas espera o infinito (...) http://t.co/EixqQhxE1M https://t.co/rvHnE6ALeX pic.twitter.com/B17YuXBWkh
— Manoel de Barros (@Poeta_ManoeldB) 13 novembro 2014

Descanse em paz, Manoel de Barros. Em nossas mentes e corações manteremos vivos os seus versos.http://t.co/FinmYYpl4m pic.twitter.com/DHsGm0Ux5P
— Mato Grosso Com Você (@MTcomVC) 13 novembro 2014 

— Jornal O Globo (@JornalOGlobo) 13 novembro 2014

— Folha de S.Paulo (@folha_com) 13 novembro 2014

Morre, aos 97 anos, o poeta Manoel de Barros. Ele estava internado desde o dia 24 de outubro. pic.twitter.com/uhVfWFnD2f
— SBT Jornalismo (@sbtjornalismo) 13 novembro 2014

Manoel de Barros deixa legado de paixão pela poesia http://t.co/H2TcrVZzKp pic.twitter.com/hQdTUQNfSf
— Estado de Minas (@em_com) 13 novembro 2014

"Poderoso não é quem descobre ouro, mas quem descobre as insignificâncias" (Manoel de Barros) http://t.co/r9YWHTFikW pic.twitter.com/SXQKHFSo1p
— Autran Dourado (@autrandourado) 13 novembro 2014

"Fazer noiva camponesa voar – como em Chagall." (Manoel de Barros) pic.twitter.com/aCdEcdo1Cm
— O certo é Panetone (@laioncastro) 13 novembro 2014

O livro sobre nada - Terceira Parte - Manoel de Barros. pic.twitter.com/WpWtyg6G0l
— gloria maria (@nabilesca) 13 novembro 2014

Meu preferido do Manoel de Barros: pic.twitter.com/wUyJDcxqb6
— Marina Sinclair (@Sinclair_Ma) 13 novembro 2014

Manoel de Barros , homem que fugiu das obviedades e do mundo cão.Poeta...Poeta!! pic.twitter.com/wYwDIrWEYQ
— Rogério Troiani (@troiani_rogerio) 13 novembro 2014

RIP Manoel de Barros! pic.twitter.com/UTiizAAUjt
— Elaine do Amaral S. (@Sachenbacher) 13 novembro 2014

"Formigas carregadeiras entram em casa de bunda". BARROS, Manoel de.
— Paulo Serpa Antunes (@psantunes) 13 novembro 2014

"A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do que do cheio. Falava que os vazios são maiores e até infinitos." #ManoeldeBarros
— Henrique Ribeiro (@ririques) 13 novembro 2014

'A 15 metros do arco-íris o sol é cheiroso. ' - Manoel de Barros R.I.P só eu acho essa frase lindamente lisérgica?
— Bruna (@burnstefanni) 13 novembro 2014

Não oblitero moscas com palavras. 
Uma espécie de canto me ocasiona. 
Respeito as oralidades. 
Eu escrevo o rumor das palavras. 
Não sou sandeu de gramáticas. 
Só sei o nada aumentado. 
Eu sou culpado de mim. 
Vou nunca mais ter nascido em agosto. 
No chão de minha voz tem um outono. 
Sobre meu rosto vem dormir a noite.

Manoel de Barros